Quando falamos em saúde, imediatamente pensamos em nosso corpo físico. Isso é um exemplo de como negligenciamos nossa saúde mental!
Hoje, a saúde mental tem maior destaque, e não teria como não ser assim, já que, no Brasil, aproximadamente 12 milhões de pessoas convivem com a depressão. O número representa 1 a cada 18 brasileiros e chega a 350 milhões, quando falamos do mundo.
Mas como algo tão comum pode ser alvo de tantos preconceitos que dificultam o cuidado e o tratamento? São questões sobre as quais precisamos conversar!
Saúde mental e sua importância
Você já percebeu quanta importância damos ao nosso corpo físico? Ao menor sinal de uma dor ou sintoma diferente, corremos para cuidar porque “é saúde”.
Imagine uma doença bem pequenininha que você desenvolveu na infância e não cuidou. Na fase adulta, essa doença também se desenvolveu junto com você. Foi ficando maior e mais forte.
Se você ouve um relato parecido com isso, é motivo para estranhar a situação: “tinha uma doença e você não cuidou?”, “nossa, como assim?”, etc.
Se, com a sua saúde física funciona assim, por que com sua saúde mental seria diferente?
Assim como as doenças “físicas”, transtornos mentais como ansiedade, depressão, TOC (transtorno obsessivo-compulsivo), transtorno bipolar, esquizofrenia, etc, podem ser diagnosticados e tratados com psicoterapias e medicamentos apropriados.
E então vem o mais preocupante: o suicídio é responsável por 800 mil mortes todos os anos. Desse número, 96,8% estão relacionados a transtornos mentais, e a depressão como principal causadora. O número equivale a um suicídio a cada 40 segundos.
São números que poderiam ser evitados se olhássemos para a saúde mental da forma correta!
Estamos prontos para falar de saúde mental?
A falta de conhecimento sobre o tema nos faz torcer o nariz. É comum estranhar algo que não conhecemos.
Quando um colega comenta “fui ao psiquiatra” ou “sai da terapia”, gera uma certa estranheza. Imaginamos imediatamente alguém “fraco” ou “perturbado”. Então a resposta para a pergunta acima é “não”, não estamos.
Mas precisamos estar!
Pense em quantas pessoas perdemos desde que você começou a ler este conteúdo. Uma vida a cada 4 segundos.
No ambiente de trabalho, a situação não muda. Muitas vezes, “preguiçoso” ou “sem vontade” são os pensamentos que afetam nossa sociedade. Rotulamos e desmoralizamos assuntos sérios, que ceifam 1 pessoa a cada 4 segundos, por falta de conhecimento.
E é interessante pensarmos sobre esse preconceito, já que o convívio social está entre os fatores que contribuem para o transtorno mental. Situações como agressões, baixa qualidade de vida e estresse estão diretamente relacionados à saúde mental.
Outros fatores incluem: genética, nutrição e infecções perinatais.
Agora, em algum momento da leitura você questionou a sua saúde mental? Poxa, estamos falando de 1 a cada 18 brasileiros, sobre questões que afetam a sua vida. Uma vida a cada 4 segundos, lembra?
Se atente aos seus sentimentos, caso se identifique com algum dos sintomas que falaremos abaixo!
Como saber que algo não vai bem?
Vivemos em um mundo onde todos são felizes o tempo todo. Certo? Não.
Não precisamos da felicidade constante. Está tudo bem não se sentir feliz, alegre ou pra cima. Nem todos os dias estamos 100%.
Os sintomas que podem indicar algum transtorno mental variam de acordo com a situação.
Os mais comuns que podemos citar são:
- Medo constante sem explicações;
- Desânimo e tristeza;
- Pensamento acelerado sobre situações que ainda não aconteceram;
- Falta de concentração e raciocínio;
- Dificuldade para dormir;
- Alteração no humor e irritabilidade.
Todos os sintomas devem ser observados, e, se persistirem, busque ajuda profissional!
Isto não é besteira. Não devemos “deixar para lá”. Lembre-se do número: uma pessoa a cada 4 segundos.
Aos poucos, conseguimos desconstruir algumas barreiras sobre nossa saúde mental. Hoje, o assunto “saúde mental” é uma bandeira defendida entre a geração mais nova, assim como o incentivo a buscar uma rede de apoio e tratamento.
Por fim, cuidar da sua saúde mental é sinônimo de bem estar e qualidade de vida. Não precisamos nos sentir angustiados e preocupados o tempo todo.
Sua saúde importa! Se cuide!
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